A crescente comunidade criativa do Loulé Design Lab conta hoje com 29 projectos em residência no Palácio Gama Lobo, dedicados ativamente ao desenvolvimento das suas ideias, à experimentação de novos materiais e técnicas, à procura de novos parceiros e colaboradores, e a marcar frequentemente presença em diferentes eventos como factor de promoção e divulgação.
Bernadette Martins
A Frágil Jewellery é uma marca de joias de design contemporâneo que explora a relação das formas da natureza com a dos materiais, que vão desde a prata, cobre, latão, porcelana e vidro. Ao longo do desenvolvimento do seu trabalho cerâmico, a porcelana foi-se distinguindo como o material de eleição tornando-se num elo comum em todas as peças. O fascínio pela joalharia trouxe a descoberta e aprendizagem de novos materiais e técnicas que a autora explora em cada peça.
“Fui ver as estrelas, já volto” é uma cadeira construída sobre uma estrutura metálica com revestimento feito a partir de desperdícios de materiais têxteis, uma constante no trabalho da Margarida Valente, autora do projeto. Sendo pensada para espaços interiores, a cadeira convida à contemplação e ao relaxamento. O projeto pretende desenvolver o modelo para outras vertentes e desenvolver os meios de produção, utilizando materiais e técnicas locais.
Criar protótipos de objetos de utilidade quotidiana, na fronteira entre a arte e o design, com base em cinco pilares: a) estética – criação artística original de Jina Nebe, com forte ligação ao Algarve (Ria Formosa e Serra do Caldeirão) e Portugal; b) utilidade; c) ergonomia; d) sustentabilidade económica; e) potencial para distribuição nacional e internacional.
Promover, seguidamente, o desenvolvimento da produção artesanal – peças únicas ou pequenas séries limitadas – em colaboração com diversos profissionais locais e nacionais (entre outros, nos domínios da cortiça, da cerâmica, ou do sal).
Wesley Sacardi
A Série Descartes – além da matéria-prima -, consiste no estudo do reaproveitamento da madeira para desenvolver peças de mobiliário. O trabalho consiste no desenvolvimento de peças, na área do ecodesign, baseadas nas técnicas artesanais. Explora formas livres de produção, onde procura manter a identidade da madeira usada bem como outros elementos ecológicos, reciclados ou com origem local, tudo com muita liberdade criativa.
Apaixonada por projetos editoriais como livros, bitácoras, fanzines e bordados inspirados nos lugares e nas pessoas, feitos à mão em coleções limitadas.
Neste espaço produzirá pequenos cadernos de desenho com técnicas de encadernação artesanal.
Paula Ramos e Ramos
Entre linhas, tecidos, tintas e pérolas em 2018 começou uma jornada de descoberta pelas técnicas de ourivesaria. Hoje, de regresso `a sua terra natal, procura estabelecer uma relação entre as suas raízes cabo-verdianas e toda uma vivência como Louletana no mundo actual utilizando como meio de expressão a joalharia.
Gonçalo Gama
Projecto que emprega a palma e as suas técnicas de manufactura, ou de entrelaçamento, para a criação de objectos utilitários, no dia-a-dia. Procura trazer inovação ao produto, tanto pela tipologia, como pelas mãos que o fabricam. Uma pesquisa e experimentação intensivas por todas as potencialidades da palma, nos mais diversos contextos, desde a dimensão ambiental ao impacto social, da técnica à tipologia.
Leni Farenzena
A ForNature Design, “móveis inspirados na natureza”, produz peças que combinam design inovador com técnicas tradicionais e materiais locais, como a olaria que trabalha o barro e a cestaria que trabalha a cana. O projeto da ForNature baseia-se em três pilares: a sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento de conteúdo local e a inovação do design tradicional baseado em materiais locais.
Claúdia Moreira
O projeto Tanta, criado por Claudia Moreira, inclui o design e a produção de fios, objetos e acessórios têxteis. Explora a tinturaria manual de mechas e meadas de lã e fibras mistas com pigmentos naturais e industriais como base para a fiação manual de “art yarn” e construção e manipulação de feltros manuais.
Gustavo Arguello e Carla Martins
Laura Carlos
O protótipo da cadeira de repouso “A Algarvia” será durante esta residência melhorado em termos de conforto e de engenharia de produção com vista à sua comercialização. Esta cadeira apresentará algumas variantes, incorporando nos seus elementos diferentes materiais, técnicas artesanais, reflexos da cultura local. Laura Carlos iniciou este projeto em 2015, numa residência Design & Ofícios e dará agora continuidade ao mesmo no Loulé Design Lab.
A comunidade criativa do Loulé Design Lab pretende-se dinâmica e em constante crescimento. Alguns dos projetos residentes, findo o seu periodo máximo de incubação, são considerados como Projetos Associados dando continuidade à relação estabelecida, agora de uma forma mais autónoma e pontual. Esta categoria, acolhe ainda outros naturais parceiros, muito próximos e ativos, para colaborações e sinergias que muito enriquecem o processo de trabalho desta comunidade.
André Silva Sancho
A Blowplastic nasceu da vontade de ter a experiência do sopro de vidro sem ter os fundos necessários para isso. O plástico de base biológica (PLA) é o material principal, sem gases tóxicos, fácil de usar, baixo custo, reutilizável, reciclável, leve e resistente. Foram desenvolvidos 3 moldes não convencionais, um conceito situado no limite entre a indústria e o artesanato, com resultados na fronteira entre a arte e o design.
Samuel Santos
O projecto “Brecha” tem como objectivo a utilização da pedra da região algarvia numa colecção de objectos que personificam a região, as gentes, as tradições e a arquitectura com recurso às técnicas e saberes locais.
Margarida Santos
O projeto DLUSA consiste no design de tapetes e tapeçarias, executados em tecelagem tradicional, na técnica do ponto de nó (Beiriz).
Procura a sua inspiração nos grafismos das platibandas de casas tradicionais algarvias, nas cores da arquitetura mediterrânica e na decoração geométrica de raiz vernacular. Também a criteriosa selecção das matérias-primas biodegradáveis, com primazia à pura lã, confere à peça uma vertente ecológica.
Alessa Dresel
Superfícies ecológicas
A MESS estuda texturas no contexto físico das coisas, defendendo o reaproveitamento de materiais desprezados ou fora de prazo para produzir superfícies multifuncionais (como revestimento e como produto). Subjacente à missão da marca, está a mitigação da pegada ecológica da indústria da construção, ao recuperar resíduos e mostrar a sua ‘verdade’, transformando-os em recursos aplicáveis nos setores da arquitetura e design de interiores.
Susan Sutherland
Ovelha Negra Knits é um projeto sobre a integração das tradições artesanais e sustentabilidade da fiação e do tricot, no mundo contemporâneo. Inspirado no ambiente e na natureza locais, uma viagem que se inicia na tosquia da ovelha, passa pelas fiação, meadas, malhas, resultando em acessórios e artigos para a casa personalizados e exclusivos.
Marta Lourenço
As propostas de calçado e vestuário PURE nascem de uma confeção artesanal consciente que utiliza unicamente os materiais mais puros que a natureza oferece, proporcionando o conforto e a delicadeza à criança, acompanhando-a desde que nasce ao longo de todas as etapas da sua infância.
Célia Palma // Design Ativista
Arte de Ver e Envolver a Natureza do meu Tempo in Algarve.
De linguagem independente, ativista & social, o projeto é inspirado no nosso tempo e na cultura algarvia.
A marca pretende questionar a comunidade com diferentes abordagens artísticas e sociais.
Mónica Ribeiro
Exaltar a saudade do ontem e do hoje, assumindo uma tradição no amanhã.
Desenvolver uma coleção de sapatos, mantendo como base o conceito do sapato de Ourelo, “sapatos de confeção caseira”, usando materiais viáveis para o projeto, de preferência locais, mantendo a história e tradição portuguesa aliada às tendências atuais.
leo.
Ondina Santos, Filipa Martins e Ana Guerreiro
Andana, surge da expressão “Estás cá com uma andana”, que significa que a pessoa está ousada na sua indumentária. Esta linha de acessórios e malas desenvolve padrões com inspiração na cultura tradicional Portuguesa e na interculturalidade adquirida com a expansão marítima portuguesa para aplicar em tecidos a partir dos quais nascem os seus produtos. Pretende ainda e com ousadia misturar diferentes técnicas e materiais.
Andreia Pintassilgo
Mãe Soberana – Identidade, Turismo e Cultura, é parte integrante da investigação, experimentação e projeto final a apresentar para a obtenção do grau de Mestre em Design de Comunicação para o Turismo e Cultura, da Universidade do Algarve. O objectivo é desenvolver e testar os materiais de comunicação a apresentar.
Carlos Sonderblohm
Linha de produtos desportivos ecológicos, principalmente para o surf, apaixonados pelo ambiente.
O uso de materiais de baixo impacto ambiental como a cortiça, madeira de agáve, criptoméria japonica entre outras, assim como materiais reciclados, e a cuidada escolha de processos de manufactura sustentáveis, aliando tecnologia avançada com a paixão pelo artesanato são garantia da qualidade e autenticidade das diferentes pranchas de surf.
Julie Pereira e Marco Pinto
Linha de sabonetes, feitos através da saponificação a frio, um processo nobre já conhecido no Séc. XVII, com matérias primas portuguesas biológicas e naturais de alta qualidade, como o azeite extra virgem BIO mundialmente premiado. Paralelamente, dispomos também de uma gama de acessórios para o banho, para a cozinha e para o bem-estar. Sempre numa abordagem de total comunhão e respeito pela natureza, com materiais locais e técnicas artesanais.
Susana Mendez
A Dama no Jornal® é uma marca de acessórios de moda, papelaria e decoração. Acessórios esses que são sempre vestidos de ilustrações onde a Dama é a protagonista. Os 10 anos da marca, concretizados neste ano de 2020, trazem uma mudança e evolução, assim como uma maior preocupação ambiental e de sustentabilidade na escolha dos materiais usados nos seus produtos.
Razvan Crestin
Projeto de investigação na área da reciclagem, mais especificamente a celulose, com o objectivo de criar um sistema manual de reaproveitamento dos materiais, envolvendo as faixas etárias mais jovens. Em paralelo, educar e reciclar.
Margarida Cartaxo
Usando teares tradicionais, desenvolvimento de padrões e desenhos geométricos, inspirados no património e cultura locais, para aplicar em objectos têxteis de pequenas dimensões, utilizando, sempre que possível, fibras naturais e outros materiais da região, como a palma.
Barbara Pintar e Jordi Sábat
Followbirds é uma aplicação para smartphone, concebida como um guia de campo para atividades de observação de aves no Algarve. A aplicação irá guiá-lo até aos melhores pontos de observação de aves, disponibilizando uma lista completa das espécies existentes em Portugal e irá registar as suas preciosas observações.
Sandra Louro // Mobiliário
e Objetos Utilitários
A marca Like Cork combina o espírito aventureiro português e o respeito pela
natureza com inovadores produtos orgânicos eco-friendly, utilizando predominantemente a cortiça, pela riqueza das suas propriedades e pela qualidade e conforto do resultado final.
João Carrilho
Criação de acessórios em pele criados manualmente e com edições de produção restritas a 100 peças por design. A intenção deste projeto é criar peças onde os materiais e a construção manual falem mais alto.
Com a mesma lógica de trabalho, estética e produção, pretendemos criar produtos que combinam os materiais nacionais (ex: corduaria, mármores, madeiras, latão e metais, tecelagem, etc.) com a sabedoria de artesãos e produtores locais e/ou nacionais.
Eurico Brito
Pirogravura em madeira
A linha Merkhabala apresenta a maestria do desenho, quer geométrico ou figurativo, aliado ao rigor da técnica da pirogravura, para personalizar e produzir várias peças de artesanato em madeira.
Maria Lopes e Mário Silva
MÔ-ÇE(S) – Regionalismo algarvio (origem controversa) – derivado do original moço/moça. Em idade juvenil, jovem; Indivíduo em trabalhos humildes; Pessoa contratada para fazer tarefas, recados.
Associação cooperativa de apoio social para a reapropriação de técnicas artesanais tradicionais pela juventude. Passado – presente – futuro.
Ana Rita Contente //Malas ergonómicas
O PAKK é um projeto criativo que pretende reinventar a mala pessoal convertendo-a numa segunda pele: um contentor anatómico, de design engenhoso, que resolve de forma ergonómica e esteticamente diferenciada, a necessidade de transporte de pertences de uso imediato, em modelos de bolsas atuais, práticas e confortáveis.
Verónica Guerreiro e Paulo Tomé
Ecodesign
A dupla Pidutournée procura com ideias práticas e uma linguagem provocadora contribuir para um futuro sustentável. O resultado são vários objetos de design ecológico construído com materiais orgânicos locais – pedras e troncos – que se conjugam com materiais reciclados ou reutilizados – papel, cartão, vidro, entre outros. As suas peças são produzidas utilizando técnicas arcaicas e artesanais, dando origem a objetos únicos e funcionais que questionam a perceção atual do uso.
Silvia Rodrigues
A Sigues é uma marca de produtos feitos à mão com papel de jornal. Esta linha de jóias, malas, candeeiros, entre outros, pretende defender a conservação do meio ambiente através da reutilização de materiais e a sua conjugação com boas práticas de sustentabilidade.
Françoise Lenet
Criação de quadros e paredes com plantas estabilizadas. Todos os nossos arranjos são únicos, são feitos à mão, a partir de plantas naturais previamente estabilizadas através de um processo natural. Com as plantas estabilizadas, nós cristalizados a natureza para criar quadros intemporais totalmente naturais.
Rita Belchior
O projecto consiste na criação de impressões artesanais sobre suportes têxteis, tendo como ponto de partida elementos visuais retirados de técnicas tradicionais regionais ou locais. Pretende divulgar os métodos ancestrais representados, através da reformulação gráfica e dos meios de expressão.
Memória das Plantas
Estampagem Botânica
No meu atelier, na reserva natural da “Rocha da Pena”, aldeia da Penina-Loulé, rodeado por mais de 500 espécies de plantas, faço as minhas composições em tecido através de estampagens com plantas naturais,em plena comunhão e respeito pela natureza.
O projeto Memória das Plantas pretende criar uma linha de peças de decoração, utilizando em particular um arbusto muito típico no sul da Europa, “Cistus ladanifer” (Esteva).
Sara Monteiro
O projeto tem por ideia base a concretização de duas coleções de tapetes inspirados na região algarvia, tanto na sua vertente decorativa – platibandas – como na sua vertente natural – ria Formosa (especialmente, mas não só). E, eventualmente, uma terceira, inspirada nos tapetes decorativos de flores de rua.
Os tapetes são confecionados exclusivamente por mim, à mão, com agulha própria, em ponto de esmirna e sempre com produtos naturais – lãs, linho, juta.
Alessa Dresel